segunda-feira, 13 de setembro de 2010

You ever love somebody so much


E então, eu vi sua sombra se apagar do chão cheio de gotas -vindas de meus longos choros- e o barulho estrondoso da porta se propagar até meus ouvidos. Estes, instantaneamente enviaram uma mensagem devastadora à meu coração: ele se foi, era talvez o momento em que o fim havia começado. E a partir daí, meus olhos presentearam o chão com mais algumas porções de lágrimas, que na minha opinião, não vinham dos olhos, mas sim de uma parte mais sentimental e interior de mim. Mas não havia mais nada que eu pudesse fazer naquele momento, a porta já havia se fechado, e meu amor já havia andando alguns quarteirões para longe de mim... Só o que me restava era me torturar por algumas semanas com fotos, mensagens, cartas e lembranças, e depois disso, tentar superar. Depois de algum tempo, todo aquele amor que havia dentro de mim se desfez, abrindo lugar para o ódio -ou pelo menos, eu chamaria assim-. Será que enquanto eu o vangloriava, abria mão de meus princípios, minhas vontades e minha vida, ele tinha sua vida baseada em mentiras, mulheres, realizações, sem sacrifícios? Tudo o que se passou, tudo aquilo que eu havia sofrido havia sido por um motivo que merecia no mínimo o meu rancor? Agora as fotos se passavam rasgadas por mim, as mensagens apagadas e as cartas queimadas.. mas as lembranças, por mais que amenizadas em minha mente, continuavam sempre vivas. Recaídas me faziam cair em alguns momentos, mas lembrar de como ele havia mentido me fazia levantar a cabeça. E então um dia a sombra dele se fez diante de mim novamente, e o barulho da porta rangendo e se abrindo tomou meus ouvidos, que imediatamente enviaram outra mensagem ao meu coração. O chão foi novamente presenteado. Eu olhei, era ele. Ele havia voltado, e seu corpo que há alguns meses me mataria de desejo e amor, me causou nojo. Encarei suas feições, e então os defeitos -que antes eram completamente imperceptíveis para mim- brotaram em seu rosto. Em um ato impulsivo, querendo exalar toda a dor que aquele homem havia causado em mim, corri em direção á ele e levantei minha mão, fechando meu pulso e cerrando meus dentes.. mas talvez meus olhos marejados não me deixaram fazer nada de mal à ele, quando viram que o par de olhos verdes dele também haviam presenteado o chão. Será que ele realmente sofria? Será que ele se arrependera de tudo? Talvez julgá-lo tão mal assim fora um erro que eu cometi, já que ele nunca teria ido embora se eu não tivesse errado também. As fotos se fizeram inteira em minha mente, e as lembranças ainda vivas pareceram se colocar em destaque. Eu ainda amava, amava e muito. Mas a raiva que ele me fizera sentir foi um pouco maior, o suficiente para camuflar esse amor. E então ele me envolveu em seus braços, e me beijou com a mesma boca que havia proferido palavrões à mim a pouco tempo. Me deixei levar pelo calor do seu corpo, mas depois me lembrei que aquele corpo havia esquentado outras mulheres quando o certo era esquentar só a mim. Me soltei, olhei seu rosto -que agora estava começando a ficar perfeito novamente- e o vi ganhar alguns defeitos pela segunda vez. Ele me pediu desculpas, disse algumas palavras bonitas e o amor camuflou tudo de ruim que eu sentia, e eu voltei pra ele. Talvez fosse ser sempre assim, eu iria voltar sempre, ele iria voltar sempre. E não iria mudar, independente de quantas fotos fossem rasgadas e restauradas, e de quantas lágrimas fossem desperdiçadas.




''Now I know we said things, did things that we didn't mean,
And we fall back into the same patterns, same routine. But your temper's just as bad as mine is, you're the same as me. But when it comes to love, you're just as blinded. Baby please come back, it wasn't you baby it was me. Maybe our relationship isn't as crazy as it seems, maybe that's what happens when a tornado meets a volcano. All I know is I love you too much to walk away now''

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