Expectativas..

Ontem eu olhei para o céu, e ele estava escuro. Escuro como eu nunca tinha visto antes. Só pude ver uma estrela brilhar (nao vou começar com essa historia de novo), e depois a lua.. nada mais havia iluminando. As árvores balançavam violentamente com o vento. Perdiam suas flores, suas folhas.. algumas vezes perdem seus galhos. A rua estava enxarcada e escorregadia. Na frente da minha casa tem uma marca de sangue de um acidente que houve há alguns anos, e nessa noite ela estava incrivelmente perceptival nas poças d'água, estas aliás, traziam um pouco de terra que caíam das calçadas. Não havia ninguém passando na rua, nem carros. As casas estavam em silêncio e a impressão que eu tive foi que eu era a única pessoa acordada na rua. Estava frio, eu estava agasalhada sentada em frente ao portão, observando cada detalhe dessa noite estranha. Céu muito escuro, o vento fazendo as árvores balançarem demais, o chão da rua escorregadio e a mancha do sangue perceptivel.. nada muito comum. A maioria das pessoas falariam que não era um dia bom, que era um dia feio.. mas eu achei um dia maravilhoso! O clima e o cheiro de chuva, o céu escurecendo, o vento deixando aquela brisa que eu AMO. AAAH, a brisa, não contei da brisa que eu tava sentindo. Começou a esfriar demais e eu não consegui mais ficar sentada la fora, entao entrei e fiquei trocando mensagens com a estela e depois deitei na cama. Dormi de moleton, calça jeans e capuz na cabeça, nem fiz questão de tirar. Tive novamente o sonho horrível que ja descrevi aqui no blog uma vez, mas dessa vez, eu acordei e consegui entende-lo.. era ele quem me abandonava naquele sonho e a dor era a dor que eu senti. A noite inteira, a madrugada inteira, eu senti uma coisa muito estranha, era um dia bom, mas era estranha. Acordei, meu cachorro havia morrido, eu chorei. Não aconteceu nada de bom hoje, não foi um dia maravilhoso como eu achei que seria. É, um texto grande e específico desse só pra falar que nem sempre as expectativas se tornam a realidade.. mas pra mim, não é só nesse caso da noite. Não se tornar realidade é quase uma rotina;